[Reportagem] Museu do Computador
Enviado: 25 Mai 2010, 07:34
Exibido em: 23/05/10
Museu do Computador
Espaço reúne peças de informática do tempo em que o computador não tinha nada de pessoal
Museu do Computador
Espaço reúne peças de informática do tempo em que o computador não tinha nada de pessoal
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Museu do Computador
Você consegue lembrar do primeiro computador que usou? Pois é, se aquele Windows 3.1 parece antigo, dê só uma olhada nesses equipamentos aqui. Tudo isso faz parte do Museu do Computador, espaço localizado no centro de São Paulo que reúne cerca de 60 artigos do tempo em que o computador ainda não era pessoal e a internet não passava de uma utopia para poucos.
Inaugurado em 2005 por José Carlos Valle, o museu fechou as portas em 2007 para retomar os trabalhos em novo local em 2010. O acervo total conta com aproximadamente 15 mil peças, mas o espaço disponível só permite a exibição das mais importantes e curiosas. A idéia do curador é tornar a exposição temática, na tentativa de variar constantemente os conteúdos expostos, utilizando toda a coleção. A maior parte dos materiais foi doada ao museu. E não precisa ser uma grande instituição para colaborar, qualquer um pode ajudar a alimentar o acervo.
"Hoje, as prefeituras, universidade e empresas estão jogando fora a história. Não se preocupam em procurar se tem ou não um museu. Ao invés de trazerem aqui, eles pegam e vendem como sucata, e o museu existe exatamente para isso. Eu guardo manuais, livros da história da época. Tudo o que é original eu guardo", conta o curador do Museu do Computador, José Carlos Valle.
Um dos segmentos da informática mais bem retratados no museu é o setor de armazenamento de dados. Como os disquetes... lembra deles? Se aqueles que você usou nos anos 90 já não eram muito práticos, imagina esse aqui, utilizado há 40 anos. Além da sua proporção, que é bem maior do que estamos acostumados, ele armazenava apenas 128k. Capacidade suficiente para suportar apenas um documento de Word um pouquinho maior. Já essa peça aqui é um disco rígido utilizado na década de 60. Ele armazenava somente 25k. Além disso, o dispositivo levava dois dias para ser formatado e custava nada mais nada menos que 150 mil dólares. Hoje, umHD comum, desses que todos temos em nossos micros, consegue armazenar, em média, 250 gigas, ou seja, 100 bilhões de vezes mais que o seu antecessor, e, detalhe, custa apenas 300 reais.
Essa peça aqui já tem um pouco mais de capacidade. É o disk pack, pacote de discos que armazenava 10 megabytes e pode ser considerado um dos precursores do CD. A diferença é que ele definitivamente não cabe na palma da sua mão e ainda custava algo que hoje seriam 2 ou 3 mil reais.
Não é necessário muito tempo dentro do museu para perceber que a tecnologia tem uma velocidade bastante particular. Para você ter uma idéia, há cerca de 40 anos esse era o modelo de CPU de um computador corporativo. E não é só o equipamento que parece pesado não, o preço também não era muito leve para o bolso. O aparelho custava cerca de 1 milhão de dólares.
"Você podem ver o tamanho dessa máquina, pesando 500 quilos, foi fabricada na década de 70, e é só CPU. Você tem os processadores e os coolers. Cada um deles encostava no processador para tirar o ar quente", explica o curador.
O Museu do Computador reabriu em maio deste ano e pode ser visitado de segunda à sábado, em horário comercial. Localizado na região da Santa Ifigênia, o espaço recebe visitas individuais ou de escolas. Para ter mais informações ou agendar sua visita, clique no link acima desse texto. Bom passeio!
Fonte: http://olhardigital.uol.com.br/central_ ... eudo=11962
Abraço,
Igor Isaias Banlian